sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Why did you stop flying?


graceful gestures
you are always somewhere over me
swinging and swiming
dancing colours flow

i just closed my eyes for an instant
and you're laying by my side
so quiet and cold
so pale and still

so tell me
why did you stop flying?

is it my eyes or is it you
or is it just the thing between us
so silent and grey
so desperatly grey

could you just tell me
why did you stop flying?

you stopped flying for me
why did we fall?

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

still of time


i've been wanting to see beyond
this blurry conceptions of reality
my truth is not there to be found
no truth is there to be seen
i cling to my inner self
just to have something to hold on
but sometimes i feel ...you?
no one is there, nothing seems to be real
...are you real? i want you to be
i want you to be my other me
but i can't see you, don't know where to find
i just hope that you'll come, someday
i take a moment and wait
and wait, and wait
i take a moment, in the still of time

terça-feira, 19 de agosto de 2008

I'm shedding skin


I don't want you to look at me while
I'm shedding skin.
I can't afford for you to see what's in.
I'd rather shoot myself than have you watch me.
I feel you'd steal my skin to try and wear me.

I was betrayed, one more day of my short life.
You were carried away. You had no shame.
To suffocate my being.
I was me, but you weren't you.
You were sticking to me like a scab...
so I peeled you away, and bled for days.
Then stepped out of myself.

I'm shedding skin, changing within, I'm falling in.
Through swollen eyes, I dreamed you died, caught inside.
I'm shedding skin, spreading thin, severed stem.
I created the end, I'm killing a friend. I'm shedding my skin.

I don't think you belong in here,
I feel I'm sick.
Don't ask because you know damn well where I've been.
I've kept a simple woman through the thick and thin.
But I've found the guts to sever from my Siamese twin.

I throw you away. Everyday. A dead part of life.
Strangling back. Seething black.
In between my longing for torture.
Blood on my face that came from your face.
The mix of kissing and bleeding.
I put you away. I shut you away.
I pissed you away. I threw you away.

I'm shedding skin, changing within, I'm falling in.
Through swollen eyes, I dreamed you died, caught inside.
I'm shedding skin, spreading thin, severed stem.
I created the end, I'm killing a friend. I'm shedding my skin.

You're fucking, and sucking.
You're friendless. It's endless.
Your flower has soured.
It's endless. You're friendless.
It's harder. And stronger.
But no one's been inside you longer.
Or harder. Or deeper.
To get you off, you need the fear.

It's never love. Bloody touch.
Broken wrist. Needle rust.
Choking throat. Swallowed teeth.
Head fuck. No peace.
I'm shedding my skin to peel you off of me.
You've got to love me.

Ornament. Shrunken head.
Playtoy. Snake strike.
Poisonous. Syphillis.
Drenched me. Soaked me.
I'm shedding my skin to drain you out of me.
You've got to hate me.



" Shedding skin" By Pantera

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Não desvies o olhar



Não desvies o olhar
Não quando falo contigo
Não finjas ignorar
Não rejeites o que está presente
Olha-me nos olhos
Não nesse horizonte
Não procures esse futuro
Sem antes resolver o presente
Não procures esse futuro
Pois ele mudará
E quando for tarde demais
O teu olhar estará à procura
Nesse mesmo horizonte
Mas a olhar para o passado
A olhar para trás


.

"We are just a moment in time..."


"We are just a moment in time,
A blink of an eye,
A dream for the blind,
Visions from a dying brain,
I hope you don't understand"

--- Anathema


.

Quero vive-lo outra vez


Primeiro sorri com a lembrança
Depois ri dos momentos
Ri de forma tão completa
Parei...
Sinto a saudade
A nostalgia magoa...
Não quero sentir isto
Quero vive-lo outra vez


.

o meu mundo


Sou doutro mundo
Não vejo cores, não oiço sons
Cinza, pálido
O meu mundo é assim
O chão é áspero e frio
As paredes são iguais
Não sei de onde vem a luz
Mas consigo ver as sombras
Céu não existe, só uma infinita escuridão
Normalmente nem olho para lá
Não há lá nada
Só tenho o relevo estranho das paredes e do chão
A entreter-me os olhos
A provocar-me arrepios
É o meu mundo
Não conheço outro
Este mundo seguro, é meu...
Fico
Mas não espero nada
Fico
Mas não aconteço
Fico
Deito-me no chão
Que mesmo frio é o maior conforto que conheço
Fico
Deixem-me estar


.

Até um dia


Ontem falei contigo
Não me respondeste
Mas sei que me ouviste

Esperas-me de braços abertos
Mas é cedo
Não quero ir até onde estás

Quando falo contigo sinto-me só
Ou talvez só fale contigo quando me sinto só
Sei que me ouves
Mas não sei se me compreendes
Não me respondes

O silêncio é uma dor no âmago
É uma paz agonizante
O vazio é pesado, demasiado pesado

Sei que me ouves
Podias dizer-me alguma coisa
Mostrar um sinal

Deixa-te estar
Eu sigo caminho
Não penses que te esqueço se um dia deixar de te falar
Simplesmente escolho outro caminho
Onde o silêncio não fere
Onde as minhas perguntas se tornam respostas

Sigo o curso do vento
Sigo o curso do rio
Faço-me parte deste mundo
Até um dia
Até o dia em que voltaremos a falar



.

i lived on the moon


"Dear little lad
Here is the story of my life
I lived on the moon
Grey flying snakes along
the mountains of destiny while
the three tailed monkeys
were drawing the stars.
Light from the Sun and I
hide myself on the dark side, alone
I’ve run so far
to find my way
Then I dream again… alone

Dear little boy, Listen
to the voices of your soul
it showed you the way
Of silence and peace
Follow your thoughts and fly
Choosing all the things that you desire
Giant Waves, fireflies…
Your dreams will be your only shell
Your secrets, your hiding place, my son
Don’t let them try
to crush your brain
let you go far
….my son"


- Music by Kwoon -
www.myspace.com/kwoonmusic

Kwoon - I lived on the Moon


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Whirlwind


Whirlwind
Whirlwind
You make me so confuse
Whirlwind
Whirlwind
Your disturbance is much to bare
Whirlwind
Whirlwind
Take your way and don't come back
Whirlwind
Whirlwind
Away, away, and take me with you


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An ode to all my friends



Vocês estão sempre lá
Algures, mas sempre presentes
Vocês estão sempre aqui
Num universo intocável
Há coisas imutáveis no tempo
E nós somos a prova da eternidade

Não


Não, eu não sou assim!
Nessa situação teria um comportamento completamente diferente.
Nunca seria capaz de o fazer!
É algo que rejeito com toda a minha racionalidade.
Não faz sentido!
Qualquer pessoa minimamente inteligente o sabe ver.
Que estupidez!
Era óbvio que ia correr mal.

Toda a verdade que é verdade na razão é outra verdade no campo da emoção, do desespero e da paixão.
Para lá da razão, nesse local obscuro, somos assim tão diferentes?

Não.


.

Não sou nada

Resigno-me. Não há nada que possa fazer a não ser esperar. Não é esperar, é deixar o tempo passar. São coisas diferentes. Não espero nada, pois não tenho espectativas. O tempo passar ou não, é-me indiferente. Mas o tempo insiste em alimentar a imaginação das pessoas, em fazê-las acreditar que o próximo momento será melhor, será desta ou daquela forma, terá finalmente os resultados esperados. Nada disto. Mas não digo também que as coisas têm necessáriamente de acontecer de forma contrária ao esperado. Não se trata disso. Trata-te da nossa irrelevância. Trata-se de vivermos num mundo que não gira à nossa volta. Ele não está contra nós, mas também não gira a nosso favor. Somos indiferentes, temos uma dimensão muito inferior à que julgamos. Somos meros parasitas passageiros. O que são séculos e milénios? Arranhões na História. Não somos nada. E mesmo assim vivemos e agimos abaixo do potencial que temos. Porque somos fracos. Manipuláveis, manipuladores, idiotas. E é assim que vamos morrer. Na convicção que o nosso fim é uma grande perda, que o mundo não será mais mundo sem nós. Tretas. Não somos nada. Devemos aceitar isso. Devemos ter consciência da nossa mediocridade. Se está frio encolham-se, tapem-se. Se está calor, abriguem-se do sol. Se o mundo não vos aceita, escondam-se, fechem os olhos. Se não há lugar onde são bem vindos, desapareçam, e não procurem outro lugar. Aceito as coisas como são. Adapto-me ao que o mundo é. E não espero nada dele. Sou apenas um passageiro clandestino neste comboio temporal. A linha está a chegar ao fim. Adeus.


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The Garden of Love

I went to the Garden of Love,
And saw what I never had seen:
A Chapel was built in the midst,
Where I used to play on the green.

And the gates of this Chapel were shut,
And "Thou shalt not" writ over the door;
So I turned to the Garden of Love,
That so many sweet flowers bore;

And I saw it was filled with graves,
And tombstones where flowers should be;
And Priests in black gowns were walking their rounds,
And binding with briers my joys and desires.

[by William Blake]


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Tic-Tac


É noite, só tenho a luz que espreita pela janela, reflectida pela torre do relógio.
Consigo ouvir dentro de mim os ponteiros a moverem-se. Oiço cada engrenagem que geme entre cada esforço, que range por cada grão de ferrugem que liberta.
Esta noite, que em tons pálidos me retrata, esquece o mundo e os homens, esquece o tempo e as vontades. Passa, não... permanece inerte no tempo e no espaço, sem vida ou cor. Nem os sons se atrevem a sussurrar. Nem as luzes se atrevem a brilhar. Nem há vento, pois o ar recusa-se a ser movido.
Como posso eu ser diferente do cenário se dele faço parte? Como posso eu percorrer um caminho, se o chão não vejo? Como posso recusar este cenário que vejo se ele nasce dentro de mim?
E a mim, em pesadas sombras escondido, resta-me estar, resta-me ser, resta-me sonhar.


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...fim


Nasce
brilha
passa
corro
fujo
corro
cansado
corro
mais
ofegante
rápido
tão rápido
confuso
paro
respiro
força
mais força
corro
salto
transpiro
corro
mais
quase
choro
perco
olho
corro
encontro
quase
mais
quase
ali
corro
abrando
paro
cheguei
acabou
morreu
fim


.

Demónios


Quero rasgar a pele e queimar a carne
Gritar de ódio e derrubar os céus
Tenho esta dor que é agonia e enjoo
Esta vontade de rebentar e sair pelo peito
Tenho que exorcizar todos os demónios
Demónios que não são só meus
Tenho que matar o que me consome
Que me devora e me expulsa de mim
Não sei se quero isto ou se quero nada
Luto por um espaço que já não é meu
Luto por uma causa que nunca foi a minha
E é raiva que alimenta tudo isto
E é a raiva que se alimenta de tudo isto
Mas não quero isto
Quero paz


.

O Sonho


Está perto.
Se a vista alcança é possível lá chegar.
Mas por mais que avance está sempre à mesma distância.
É longe.
Parece um caminho sem fim.
Parece uma repetição do mesmo disco que toca indefinidamente.
Está no infinito.
Será que andei mesmo em frente?
Porquê que tudo me parece mais longe?
O que percorri, o chão é que pisei, não o distingo.
Se olhar bem vejo: Não cheguei a partir.


.

Redundante e ridículo...


Quero iluminar o céu
Verter água nos rios e agitar o mar
Quero aquecer o sol
Gelar o gelo e endurecer a rocha
Quero sonhar o sonho
Tornar as nuvens leves e o ar em vento
Quero quebrar os estilhaços
Quero inventar a música
Quero olhar o que vejo e quero alcançá-lo!
Estou preso
Tudo isto parece redundante e ridículo
Mas tu sentes que estás a viver a vida?


.

People's world


People walking by
So grey and fold
Dust on air, thirsty mouth
Night without dark
Light without sun
Walls of concrete between you and me

Sail the wind
close your eyes
Listen the harmony of noise
Yearn for that silence within
And until then dance
Dance to that melody in your head

Do you sometimes want yo die
Or just leave yourself fall
Touch the icy window and sigh
Cry inside and mute it out
Halt before time, disgrace
Nothing's ever gonna change my world


.

Perdido


Tenho força, tenho vontade
Quero seguir, quero seguir
Mas não vejo o caminho, tudo é difuso
Tento mover as árvores, tento mover o vento
Mas só sinto esta névoa gelada e húmida
Que me bate impiedosa e mal me deixa ver ou sentir
Depois corre pelo meu rosto sem pressa, procurando o meu calor
Fecho os olhos e só oiço o gritar das folhas que lutam incessantemente contra a fúria to tempo
E é tudo o que eu sou
E é tudo o que eu sinto
E é tudo o que eu vejo
Eu quero ir!
Mas para onde...


.

Inércia


Estou cansado...
Sem metas nem horizontes,
só cansado.
Devia ver aqui beleza,
devia ver aqui a inspiração,
mas só vejo o vazio,
estou cansado...
O mundo apresenta-se estático,
Não creio ter sido eu a parar.
No entanto não consigo mexer um músculo sequer...
Inerte...
Nem sinto o vento a passar.
Nada!
Não sinto nada...
E se calhar nem quero.
Só estou cansado,
deixem-me estar...
Só não me deixo morrer,
porque estou cansado de estar cansado...


.

Raiva



Que se lixe tudo!
Que se lixem todos!
Já não tenho paciência, não aguento mais!
Não há males que venham por bem.
Não há lição de vida a tirar.
Não há nada que valha a pena nisto!
Nada!
NADA!!!
Quero explodir o mundo.
Não quero poupar ninguém!
NINGUÉM!
Quero rebentar com tudo o que existe.
Rebentar, rebentar, rebentar!
O que eu sinto é raiva!
RAIVA!
Quero explodir!
RAIVA!! RAIVA!!!



.

Simplicidade


Simples.
Como um reflexo.
Copia algo por vezes com outra forma, outra textura.
Distorção da realidade?
Talvez.
Mas a realidade é uma interpretação individual, logo é também distorcida.
Então como escolhemos a referência do real?
É senso comum.
Será?
Porque não pode ser mais real aquela imagem distorcida no reflexo?
Simples?
Não.
Isto já não simples.
Olhar para o reflexo sim, isso é simples.
Percebê-lo também.
É por isso que é belo.
Só o simples é belo?
Acredito que sim.
O complexo não pode ser apreciado apenas como belo.
Há sempre mais do que olhar alcança.
O simples sim.
O simples e só o simples pode ser belo.
E o que é mais simples que um reflexo?
O que é mais simples que um olhar?


.

Disturbed




Perturbado!
Tudo parecia tão claro... para mim que estava perturbado.
Tudo parecia negro... e afinal tinha os olhes fechados.
Corri e corri, tropecei nos obstáculos, mas mesmo assim avancei.
Corri e corri, e quando parei não era ali que eu queria estar.
Perdido!
Oiço o eco da ansiedade no meu peito.
Tremo de quê? Será frio? Tenho frio, mas não está frio...
Ridículo!
Odeio-me tão violentamente que nem consigo pensar porque o sinto!
Odeio-me odeio-me!
Mas se não me quero sentir assim é porque não me odeio afinal...
Devo gostar de mim ou não me revoltaria ser infeliz...
Feliz?
Que sentimento tão efémero.
Procurando o quê?
Não sei.
Não sei.
Ninguém sabe.


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"To where do you run?"


Para onde foges quando tudo se desmorona?
Para onde foges quando não tens onde te agarrar?
Para onde foges quando foges de ti?
Para onde corres, de onde foges, e a quem pedes ajuda?
Às vezes basta ficar quieto e deixar a tempestade passar...


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"Uma imagem vale mil palavras"



Uma imagem vale mil palavras
Mesmo assim, gosto de escrevê-las, gosto de ouvi-las.
Não é melhor nem pior, é outra forma de sentir.
As palavras sem imagem são escuras... são fragmentos de um contexto.
As imagens sem palavras são um mundo de ideias fragmentadas.
Deixem-me ousar
Com imagens e ideias do passado e do presente, cruzando-se e procurando um sentido
Deixem-me ousar
Desafio assim o ditado
E começo aqui...


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Pictologarithm